Na Terra do Pai Natal

À pouco liguei a TSF em directo pela internet. Sensação de familiariedade. São 8:30 e ouvem-se as notícias da TSF. Fala-se ainda do jogo grande do fim-de-semana e de qualquer coisa que o PR fez (confesso que nesta notícia ao ouvir o nome do Sr. Silva desliguei o cerebro!!!). Depois as informações de trânsito. Como sempre congestionado na segunda circular a esta hora. E de repente, senti a sensação de estar dentro do meu carro, o Gugu, no meio do trânsito a tentar fugir da segunda circular pela Avenida do Brasil. Quando nessas manhãs olhava pela janela do carro e via as pessoas os outros carros a bocejar, a vociferar por causa do trânsito ou mesmo homens a acabar de fazer a barba com uma máquina e mulheres a darem os últimos retoques na maquilhagem. De tanto sentir essa familiaridade, por causa da TSF, quase que consigo tocar nessas manhãs.

E, depois, constato que não sinto saudades dessas manhãs. Não sinto saudades desse stress do trânsito ou de andar a fugir por caminhos e ruelas para escapar aos engarrafamentos. Não sinto saudades de andar de carro. Assim, chego à conclusão que gosto desta minha vida de andar a pé de manhã e sentir o ar a bater na cara. O ar é puro já que nesta cidade abundam as florestas e espaços verdes. Já não sei o que é apanhar um engarrafamento ou sentir stress porque, por causa do trânsito, posso não chegar a tempo aos compromissos matinais. Aqui, ando de autocarro mas ando sempre a horas. Vou descansado de manhã para a empresa e sei que se apanhar o autocarro chego à empresa a tempo, sem atrasos. Gosto deste tipo de vida saudável. Sinto mais uma semana a começar.